sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Pequeno grande guerreiro

É noite, paira o silencio em redor de nós.
Deixei que noite chegasse e te abraçasse num aconchego sem fim.
Vejo-te dormir, completo e verdadeiro pedaço desfragmentado de mim, contemplo-te e tenho vontade de te roubar ao tempo.
Viajas por mundos imaginários és caçador de sonhos e o teu sorriso é fraqueza em mim, pequeno guerreiro com armadura de cetim!



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ao meu pequeno Afonso

Filho, posso confessar-te um segredo? Os dias sem ti passam devagar, os ponteiros do relógio estão de mim a troçar… apenas se movem se eu os olhar. Já tentei cair no sono e sonhar contigo, mas a saudade que tenho de ti faz o meu cérebro despertar.
Cá em casa sem ti só se ouve o silêncio e nem os pássaros param no jardim para nos cantar chilreios sem fim.

Eu costumava ser assim. Ter tudo arrumado, toalha limpa na mesa e chão imaculado.
Costumava ler um bom livro com uma caneca de chá a acompanhar, mas depois descobri que livro bom são as histórias de embalar para depois adormecer a teu lado ouvindo o teu respirar.
Eu costumava gostar dos dias de chuva porque que me faziam relaxar, mas depois descobri o quão maravilhoso são os dias de sol porque posso contigo brincar!

Aquela que fui se me pudesse ter conhecido é certo… que me iria invejar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015


Agarras a minha mão no mesmo instante em que tocas o meu coração. A poeira cobre-me os pés mas eu sinto-me a caminhar nas nuvens!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

A casa esquecida


                                                      Uma casa, um lugar... uma família.

Estas paredes que nos cercam e se levantam de encontro ao céu, estas paredes que são testemunhos silenciosos de um desenrolar de vidas que se entrelaçaram, que se ligaram ou até mesmo afastaram.
Estas paredes que nos admiram caladas, que agora vivem na penumbra, apenas de memórias revestidas de um passado que acabou.
O vazio é agora quem a habita, e embora de portas abertas ao mundo ninguém mais a visita.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Uma gota de água no mundo

As chuva caí la fora, são lágrimas do céu vertidas pela crueldade que paira por este mundo fora.
As gotas que embatem nestas vidraças estalam e deslizam deixando um fino traço, uma corrente de esperança que as segue até ao infinito... não existe fim, a imortalidade foi-lhes concedida nos primórdios do tempo.
Saiu porta fora deixo-me levar por essa corrente que me banha e me afunda, purifico o meu ser com essa imortalidade momentos antes de me devolver à superfície perigosa que me sustenta.

Brisa


É dia novamente... a cortina negra da noite foi uma vez mais levantada. Coloquei os pés no chão e debrucei o meu corpo sobre a janela, não conheço esta brisa que corre mas tenho vontade de fugir com ela! 



sábado, 13 de junho de 2015

Tempo

Tempo, tudo o que precisamos neste tão curto tempo de vida, é de tempo.
Tempo para entender, tempo para esquecer e até mesmo para perdoar.
Vivemos apressados, orgulhosos, viciados nestes nossos egos inflados, tolos não compreendemos que neste desfolhar apressado de capítulos saltados o livro não terá mais paginas para nos mostrar...












segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Porque esta sou eu

Sou carne, as amarguras rasgam-me a pele e por isso sangro, depois disso uma cicatriz nasce e uma força renasce! Sou eu quem escolhe entre a vitória e o fracasso, entre o cair e o levantar, porque sei que as vitórias apenas se alcançam se nunca pararmos de sonhar.