quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Como será?


Quando o tempo já estiver perto do fim, quando as folhas começarem a cair e eu repousar suavemente num banco de madeira perdido algures no meu jardim, passarei a mão pela minha face rugosa de lembranças entranhadas com que o tempo me banhou...

Sentem-se os anos passar, numa velocidade que ninguém é capaz de controlar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Está a chegar...


É quase Natal... faz frio lá fora, a chuva não pára de cair e os chapéus de chuva passaram a ser um bem necessário. Já quase todas as janelas têm uma árvore de Natal iluminada e decorada a rigor, um presépio que conta uma história e uma lareira acesa para aquecer a casa. Os familiares visitam-se uns aos outros, trocam presentes, doces, sorrisos e abraços que aquecem a alma até dos mais frios. As crianças começam a descobrir o encanto desta época, escrevem cartas a pedir presentes e esperam apanhar de surpresa o homem "barrigudo" de barba branca a descer pela chaminé.

O Natal traz-me recordações que guardo no livro da minha própria história. Um encanto que nunca foi perdido...

domingo, 2 de novembro de 2008

Pensamento do momento


Guardarei comigo esta luz imensa que cresce dentro de mim por cada vez que penso em ti.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Brisa de Outono



O Outono trás nostalgia.. surgem-me tantas coisas boas, tantas lembranças e tanta saudade. Uma chávena de café deixada na mesa a fumegar enquanto procuro o pacote dos biscoitos que guardavas numa caixa de forma redonda em tom azul. O vento trás-me de volta o som da tua voz a cantar ao meu ouvindo, fecho os olhos a tua voz aquece-me tal como a chávena de café que me preparas-te cheia de dedicação. Sabes.. aquele lanche feito por ti tinha outro sabor, oxalá eu o pudesse provar uma vez mais.
O Outono lembra-me uma mudança, uma despedida. Tal como a tua.
As folhas castanhas e secas estalam por debaixo dos meus pés ao longo do caminho que percorro até chegar a casa, visto um casaco comprido que esconde no seu interior corpo pálido e frágil onde o sol não consegue penetrar, as luvas protegem a fragilidade das mãos e o cachecol abraça o meu pescoço sem o querer largar.
No Outono sinto a tua falta ao chegar a casa. Sinto a tua falta porque não estás lá nem tens a chávena de café á minha espera.
No Outono choro, porque as lágrimas trazem do meu interior as mais belas lembranças que tenho de ti.


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Viagens


Existem coisas no decorrer do dia a dia que nos lembram situaçoes e momentos num pequeno instante de tempo perdido lá bem no fundo onde só a imaginação pode resgatar.
Sabe tão bem mergulhar no infinito do tempo e viver de novo... como um mergulho aprumado que nos leva ao fundo e nos trás de volta á superficie breves momentos depois.
Existem rostos que nos lembram outros rostos e sorrisos que nos arrancam suspiros, existem momentos em que estamos aqui mas que por magia das lembranças nos transportam para longe, tão longe que nos sentimos cansados na hora de regressar.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Perdi-te


Aproximei-me de ti, toquei ao de leve a tua mão.
Olhavas os arvoredos lá ao fundo que dançavam a lenta melodia do vento, o teu olhar era vazio. Talvez destruído pela amargura dos anos corridos.
Não sei o que pensavas ou até mesmo o que ainda esperavas da vida, agora que parecia ser tão duvidosa e a morte tão certa. Talvez aguardasses sereno pela chegada dela, montada num cavalo a galope descendo montes e vales em tua direcção para roubar a tua alma largando o teu corpo contra o chão.
Perdi-te no instante em que ela te alcançou, perdi-te e perdi-me a mim juntamente contigo.

.
..
Saudade


(dedicado ao meu avô materno, 1ºaniversário da sua ausência)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Na verdade...


Mais importante não foi o dia em que nos conhecemos, mas sim o dia em que entras-te na minha vida como um relâmpago perdido á procura de um lugar para embater.

[para ti...]

quinta-feira, 27 de março de 2008

Para lá do palpitar do coração






Sentei-me no muro que se estende por todo o limite do areal, fechei os olhos e senti uma vez mais a suave brisa do mar beijar o meu rosto de forma desinibida. Respirei fundo e pensei... como é bom sentir que posso estender o meu braço e agarrar uma nuvem macia perdida na imensidão azul, fazê-la deslizar no meu cabelo e sentir a sua suavidade. Como é bom sentir que posso apenas com um sorriso captar as estrelas e iluminá-lo ainda mais!
Saltei o muro, caminhei na areia e deslizei nas dunas sedosas que enfeitavam o imenso areal, entrei no mar nadei com os peixes e apanhei boleia de uma simpática baleia que por ali passava. Dei a volta completa ao mundo e desembarquei no mesmo lugar e á mesma hora, para te poder abraçar uma vez mais!