sábado, 6 de agosto de 2011

Afonso


Olho-te nos olhos, sim essas pequenas lanternas com que iluminas o meu trajecto a cada dia que passa, olho-te minutos antes de adormeceres e partires rumo a esse lugar encantado que é só teu, o único onde arriscas a ir sem mim. Enquanto me entregas todo o teu ser para que eu o possa guardar, os meus braços cercam-te e ao fundo no silêncio da sala começa a ouvir-se a minha suave voz a sussurrar de improviso uma balada para te embalar. Tu és tão puro! Como pude eu viver tantos anos sem te conhecer? Como pude eu julgar conhecer a palavra amar antes de no meu ventre te gerar?
Os minutos agora passam devagar,a pressa do dia terminou, o peso do teu corpo abate-se sobre os meus braços mas eu não consigo deixar de te abraçar, o cansaço não vence o amor que tenho para te dar... nem por um instante. O meu amor por ti é incondicional, e talvez um dia quando os meu braços cansados já não te poderem mais segurar irás sentir que o coração que tenho em mim tem a força que necessita para nunca te deixar de amparar...